“Na estrada, o comportamento cívico e o respeito pelas regras instituídas são essenciais para a segurança de todos! Por norma, associamos a falta de comportamentos cívicos a atitudes provocadas por terceiros, que nos afetam direta ou indiretamente, podendo causar acidentes. Mas será sempre assim???
Na circulação rodoviária não existem posições fixas – umas vezes somos peões, outras passageiros ou condutores.
A convivência entre todas as pessoas que partilham a via pública, envolve valores como responsabilidade, respeito, solidariedade e consciência.
Podemos afirmar que, qualquer que seja a nossa posição na via pública, a cortesia, respeito e tolerância são fundamentais na interação com os outros utilizadores, que a preocupação com a qualidade de vida e a segurança está presente sempre que se fixam regras de comportamento ético, com maior enfoque na circulação rodoviária, onde ocorrem situações de risco que necessitam de ser geridas, acauteladas e conhecidas por todos.
Com base no Código da Estrada, o condutor de veículos automóveis deve assumir posturas que evitem prejudicar o fluxo de trânsito e os outros condutores e peões, pensando na segurança de todos e não apenas na individual.
Saber partilhar os espaços e as vias onde circula, dar a conhecer as suas intenções, não surpreender, prever e antecipar-se os possíveis movimentos dos outros utilizadores, adaptar a condução à sua presença é, para o condutor, uma necessidade que lhe permite evitar situações complexas e perigosas, sendo igualmente, um princípio ético, cívico e de solidariedade que todos os utilizadores da via pública devem procurar cumprir.
Diminuir a velocidade ao aproximar-se de uma passadeira é uma atitude de respeito para com o peão, permitindo que se sinta seguro na travessia.
Qualquer ultrapassagem deve ser realizada com o máximo cuidado. O condutor deve certificar-se que consegue concretizá-la em segurança, evitando muitos acidentes fatais.
Manter a calma nas vias públicas. Perder a paciência por qualquer deslize cometido por outro condutor (muitas vezes com pouca prática de condução) é um comportamento inadequado para a manutenção de um trânsito pacífico.
A condução defensiva, a par do civismo, é uma atitude natural que contribui significativamente para a diminuição da sinistralidade rodoviária, aliando o conhecimento técnico necessário para conduzir e o bom senso para informar os restantes utilizadores da nossa presença, ou evitar que a nossa presença contribua para aumentar as consequências dos erros dos outros condutores.
A falta de civismo é um desrespeito para com os outros, quando não se calculam os riscos e as consequências inerentes às nossas atitudes.
Promover a paz no trânsito, ser paciente com outros condutores e pessoas que andam a pé e aceitar os pedidos de desculpas, são atitudes de cidadania básica. A promoção da paz, na sua totalidade, faz parte das atitudes de um cidadão.
Os condutores de veículos pesados têm, pela dimensão dos veículos que conduzem, também pela formação profissional que possuem, uma responsabilidade acrescida para com os restantes utilizadores da via. É essencial uma atenção acrescida aos pontos cegos (em especial no caso dos peões e veículos de duas rodas) e uma atitude de colaboração e facilitação da circulação dos restantes veículos.
Apesar de não utilizarem veículos motorizados, os ciclistas também fazem parte do trânsito e, dessa forma, possuem responsabilidades éticas de circulação. Para eles, é fundamental o uso de equipamentos de segurança, como o capacete e serem bem visíveis no transito.
Manter-se sempre atento é importante, pois, mais do que os motociclistas, os ciclistas estão muito expostos no trânsito.
Outra atitude importante é usar as ciclovias, quando existirem, pois que circular entre veículos oferece riscos ao ciclista e circular nos passeios acarreta riscos para os peões.
Sinalizar atempadamente e de forma bem visível as mudanças de direção é fundamental.
Os motociclistas devem circular na via com todo o cuidado, pois são eles os mais vulneráveis em caso de acidente envolvendo veículos.
Os peões são muito importantes para a manutenção da segurança nas ruas. Todos, em algum momento, somos peões, pelo que é necessário que respeitemos as regras previstas nesta situação.
Atravessar a rua sempre na passadeira, em linha reta e não na diagonal, reduz consideravelmente os riscos de atropelamento. Mesmo quando há indicação para atravessar, o peão deve certificar-se de que realmente é possível fazê-lo em segurança.
CONCLUSÕES
Como referi no início, todos somos responsáveis pela segurança rodoviária…
O desenho das vias, a sua manutenção e adequada sinalização, a aplicação dos limites de velocidade adequados em cada caso, o estado dos veículos, a legislação nas várias vertentes, alarga a responsabilidade a empresas, a autarquias …
O respeito mútuo entre todos é indispensável, porque “gentileza gera gentileza”. Aumentar a segurança na circulação rodoviária, fará da via pública um lugar mais agradável.
Um gesto simples, que está nas mãos de todos nós!
José Fernando Guilherme”
Saiba mais: https://www.securitymagazine.pt/2021/03/31/seguranca-rodoviaria-responsabilidade-de-todos/